Depoimento de um proprietário – PARTE IV

Mais uma colaboração, desta vez do nosso colega Ogg Ibrahim.

Abraços!

“Acabei de pegar um modelo E-263 e estou há tres dias experimentando o carro. Posso resumir numa única palavra: SENSACIONAL!

Logo de cara, antes de dar a partida, o que me agradou bastante foi a posição de dirigir. Como tenho 1,90 de altura me sentia um pouco incomodado em alguns veículos que não permitiam bons ajustes no banco do motorista. Assim como o Civic, que tambem me agradou nesse sentido, o Cerato me dá muito conforto ao dirigi-lo. O banco rebaixa bem com a regulagem de altura deixando as pernas bem à vontade, sem ficar esfregando no volante. Gostei também do acabamento do tecido com costuras vermelhas, de ótima qualidade o que me fez dispensar o couro por hora.

Eu tinha um Megane sedan antes, que achava um carro maravilhoso e a diferença que notei é que o Cerato é um pouco mais durinho de suspensão, dá pra sentir mais as irregularidades do piso. E olha que o Megane também tinha aro 17. Eu tinha amenizado essa dureza no Renault trocando os pneus perfil 45 por perfil 50. Ficou bem mais confortável nas pistas ruins. Vou fazer isso na troca de pneus do Cerato (que ainda vai demorar).

O câmbio é perfeito e suave, quase não se percebe as trocas. Bem diferente do “trancológic” do Linea e do Fox. E o uso no sequencial também me permitiu dirigir mais agressivamente caso precise. O motor 1.6 não decepcionou em nenhuma das circunstâncias.

Vamos aos defeitinhos, que não chegam nem a ser defeitos – vamos dizer que foram alguns esquecimentos da fábrica: falta sistema one-touch down e up para todos os vidros (o Megane tinha de série); senti falta de iluminação no porta-luvas que é bem pequeno (mas acho que dá pra instalar uma com o cuidado de não afetar a garantia). E seria importante o modulo de levantamento dos vidros ao acionar o fechamento das portas. Mas isso já sei que dá pra instalar na própria assistência técnica, produto original.

Espaço, o médio Cerato tem de sobra. Constatei ao sair com um casal de amigos atrás, usando o banco na posição em que eu dirigo (bem lá atrás) e ninguém reclamou de aperto. No mais o acabamento dos plásticos é de altíssima qualidade, o painel é maravilhoso e funcional e o que mais me impressionou: o consumo! Com o motor ainda amaciando (178 km rodados até agora) e eu pisando fundo pra sentir as trocas de marcha, a máquina registrou cerca de 9,5 l/100km, o que dá uma média de mais de 10 km/l. Muito superior ao do meu antigo Megane que fazia 8,5 km/l na cidade já com o motor bem amaciadão e pisando menos no acelerador. Imagino que ele chegue aos 13 km/l na cidade depois dos 5 mil km, como me confirmou um amigo que tem um há seis meses.
Em resumo: um carro espetacular pelo que custa, lindo por dentro e por fora e que desperta atenção por onde passa. Uns amigos donos de Captiva e Cherokee o rodearam um tempão quando estacionei na casa de um deles para um joguinho de basquete. “Que carrão, hein?”, comentou um deles.
Ogg Ibrahim, jornalista”