QUATRO RODAS também testa Cerato automático
“KIA CERATO 6 MARCHAS
Sinais esportivos insinuam desempenho que o motor não entrega
Sabe aquela mulher insinuante que, quando abordada, diz que só queria amizade? O Kia Cerato no catálogo E.283, com câmbio automático de seis marchas, é mais ou menos assim. Não se deixe empolgar pelas rodas de aro 17, pelas borboletas de troca de marchas atrás do volante nem pela costura vermelha em bancos e também na direção (sem falar no painel de iluminação na mesma cor). O carro promete uma esportividade que o motor 1.6 de 126 cv e 15,9 mkgf (a 4200 rpm) não consegue entregar. Não é paixão, mas a amizade pode ser bacana, já que ele mantém o bom pacote de aparência e itens de série que o tornou o campeão de vendas da Kia, volume que deve aumentar com a nova transmissão, elogiável sob diversos pontos de vista.
Para começar, esse é o câmbio automático que o Cerato deveria ter desde sempre. O de quatro marchas não explorava tudo que o motor oferece. Na estrada isso era menos perceptível, ainda que houvesse momentos de hesitação entre a terceira e quarta marchas. Com seis marchas, de trocas imperceptíveis (parece até um CVT, não fossem as quedas de rotação que apontam as trocas), ele ajuda a explorar os recursos do motor a gasolina. Pena que eles são poucos.
Não nos entenda mal: o motor 1.6 Gamma II é um dos melhores de sua categoria à disposição no mercado brasileiro. Para ser ainda melhor e mais moderno, só se ele trouxesse injeção direta de gasolina, como o Gamma usado pelo Hyundai Elantra, também 1.6, mas capaz de gerar 140 cv e 17 mkgf, ou se virar flex. E já virou no Soul, mas deve beber álcool no sedã em breve (um alerta para quem quiser comprá-lo agora). No entanto, ele conta com comando de válvulas variável, com gerenciamento que aproveita bastante o combustível que ingere, e apresenta torque em baixas rotações, mas sente o peso dos 1248 kg do sedã.
A falta de força fica evidente em subidas íngremes, nas quais o câmbio engata suavemente marchas que fazem o motor berrar para atender aos desejos do motorista, ou em tentativas de ultrapassagem, que deixam claro que a marcha foi reduzida em bom tempo, mas que o motor demora a vencer a inércia. Nada que um pouco a mais de torque não pudesse resolver. Bastaria adotar o motor 1.6 com injeção direta ou mesmo o 2.0 que equipará o Cerato Koup. Ou um câmbio automático que, com o uso de trocas manuais, segurasse a marcha selecionada mesmo que o giro chegasse a seu limite, já que o do Cerato, e essa é a única crítica a fazer a ele, sobe a marcha mesmo com as trocas manuais selecionadas. Isso para quem quiser que o carro se comporte como sua aparência sugere.
Para quem estiver mais preocupado em ter um carro econômico e sossegado, capaz de transportar quatro adultos com conforto, o Cerato supre bem esse papel, com exceção dos plásticos do revestimento, que poderiam ser menos sensíveis a riscos. Falamos em quatro adultos não porque o carro comporte quatro passageiros, mas porque o passageiro do meio do banco traseiro tem de ser criança, tanto pelo espaço que o carro lhe reserva, pequeno, quanto pela falta de apoio de cabeça e de cinto de três pontos no meio.
Se o objetivo for esse, o catálogo E.272, vendido a 61 900 reais, atende melhor ao propósito especialmente porque, com pneus de aro 16, o Cerato certamente fica mais confortável. E mais econômico. Com aro 17, o Cerato consumiu mais do que com aro 16, mesmo com o câmbio antigo. Sua suspensão também é esportiva, o que é excelente em piso nivelado e bem feito, mas a torna dura demais em ruas esburacadas. Não é raro sentir a suspensão “dar batente”. Com pneus mais altos, a tendência é o carro sofrer (e decepcionar) menos. Sem insinuações vãs.
VEREDICTO
Com rodas aro 17 e costura e painel vermelhos, o Cerato fica devendo um motor mais forte, mas atende bem quem procura um carro confortável e econômico.
Fonte: Quatro Rodas”
Depoimento de um proprietário – PARTE XVIII
Como curiosidade, certo dia fazendo o trajeto Angra dos Reis/Paraty, em uma reta de aproximadamente 4km vazia e sozinho dentro do carro, alcancei a marca de 185Km/h em quinta somente pisando, antes que me crucifiquem, não estou fazendo apologia ao crime de transito, o fiz para testar os 126 cavalinhos que ficam no coração do Cerato, mesmo porque como irei ser pai este ano, não passo dos cenzinho e, quando minha esposa esta dentro do carro, não passo dos noventão. O carro anda sobre trilhos, mas com os pneus com perfil baixo, realmente as imperfeições e buracos passam ao habitaculo e consequentemente aos ocupantes. Meu Cerato marca no computador de bordo 7,9 l/100 km e já chegou a marcar 6,0l/100 km na estrada sempre com o ar ligado, pois não desligo nem a pau e na cidade marca 9,0l/100 km chegando às vezes marcar 10l/100lm.
No mais para acabar este “breve” relato, algumas informações que foram discutidas no blog:
Valor do seguro – R$ 2.170,00
Versão do Cerato – E.213 ou SX preto 2010/2011
Revisões, ainda não tenho valores a relatar e assim que possível passarei a vocês do blog.
Um abraço a todos do blog, e parabéns pela escolha pois realmente é um excelente carro recomendo a todos.”
Preço de revisões em Porto Alegre – Valores FEVEREIRO/2011
Preços de revisões no Rio de Janeiro – Valores FEVEREIRO/2011
* Apenas retificando, o nome correto da última concessionária é Klahn.
DESAFIO: descobrir preços de revisões em todo o país
Seguidor do NOVO CERATO testa nova Sportage
O OLHAR FEMININO (por Débora Quirino, coordenadora de mídia)
Na minha visão feminina e, provavelmente, na das minhas amigas motoristas, a análise do carro é bem mais simples. Isto porque nossas preocupações são outras. Vamos deixar para os nossos maridos a incumbência (seria a chatice?) de observar detalhes tipo: quantos quilômetros o carro faz por litro, potência, torque, etc. Tudo grego pra nós!. Para mulheres sábias, este tipo de conta é feito da seguinte maneira: Coloco “X” de gasolina por semana. Se passar disto, é porque fui visitar uma amiga que mora longe. Ah, tem muitos porta-trecos? Beleza!
Depoimento de um proprietário – PARTE XVII
O depoimento agora é do nosso colega Sílvio (Brasília-DF), feliz proprietário de um Cerato E.283 10/11. Ele nos conta toda a sua saga para se tornar um dos mais novos “cerateiros” do pedaço:
Tirando essa ladainha toda vale comentar o seguinte: